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Mestrado e Doutorado em Biociências e Saúde

Mestrado e Doutorado em Biociências e Saúde

Histórico

          A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), criada pela Lei n. 8.680 de 30 de dezembro de 1987, como fundação, foi transformada em universidade por meio do Decreto n. 2.352 de 27 de dezembro de 1994. É uma universidade com estrutura Multi-campi, com unidades localizadas nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado do Paraná, nos municípios de Cascavel (onde está situada a Reitoria), Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo. Tem sua estrutura organizacional dividida em 17 centros aos quais estão vinculados 68 cursos de graduação, cinco cursos de residências (em medicina, farmácia, fisioterapia, odontologia e enfermagem), 38 cursos de pós-graduação, sendo 33 de mestrado acadêmico, cinco de mestrado profissional, 19 de doutorado acadêmico e um de doutorado profissional.
           A verticalização do ensino superior está inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Unioeste, que prevê entre outras ações o apoio e estímulo à criação e consolidação de cursos de pós-graduação Stricto Sensu. Em cerca de 20 anos de existência como universidade, foram implantados 38 programas de Pós-Graduação Stricto Sensu nas seguintes áreas: campus de Cascavel (Administração Profissional MP/DP, Biociências e Saúde Me/Dr, Ciências da Computação Me; Ciências Farmacêuticas Me, Conservação e Manejo de Recursos Naturais Me, Contabilidade Me, Educação Me/Dr, Educação em Ciências e Educação Matemática Me/Dr, Engenharia Agrícola Me/Dr, Engenharia de Energia na Agricultura Me/Dr, Engenharia e Tecnologia Ambiental Me/Dr, Letras Me/Dr, Letras Profissional Me, Matermática Profissional Me/Dr, Odontologia Me); Campus de Foz do Iguaçu ( Engenharia Elétrica e Computação Me, Ensino Me, Saúde Pública em Região de Fronteira Me, Sociedade, Cultura e Fronteira Me/Dr, Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade – Profissional Me); Campus de Francisco Beltrão (Ciências Aplicadas à Saúde Me, Educação Me,Geografia Me/Dr; Campus de Marechal Cândido Rondon (Agronomia Me/Dr, Desenvolvimento Rural Sustentável Me/Dr, Educação Física Profissional MP, Geografia Me, História Me/Dr, Zootecnia Me/Dr); Campus de Toledo (Bioenergia Me, Ciências Ambientais Me, Desenvolvimento Regional e Agronegócia Me/Dr, Economia Me, Engenharia Química Me/Dr, Filosofia Me/Dr, Química Me, Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca Me/Dr, Serviço Social Me).
          O resultado positivo do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Unioeste foi constatado recentemente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). No relatório emitido em setembro de 2017, que foram avaliados todos os cursos de mestrado e doutorado do Brasil, a Unioeste foi incluída pela primeira vez na lista de 40 instituições com maior relevância na Pós-Graduação em número de cursos. De 395 instituições públicas (Federais, Estaduais, Municipais, Comunitárias) e particulares, em 2019 a Unioeste encontrava-se na posição 39. Em 2024, dentre as 1998 instituições de ensino superior, entre particulares, estaduais e federais analisadas pelo Inep, por meio do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) e a Unioeste é a única estadual paranaense a receber a nota 05. No Ranking Universitário Folha (RUF, que é uma avaliação anual do ensino superior no Brasil e traz na relação 204 universidades públicas e privadas), em 2023, a Unioeste ficou na posição 56. E neste ano de 2024 subiu e ficou 50ª posição entre as melhores universidades do país. No ranking internacional Alper-Doger Scientific Index, que se baseia em produção científica, a instituição está na colocação 69 no Brasil e 138 na América Latina.Além disso, entre 85 instituições estaduais no Brasil que ofertam mestrado ou doutorado, ela encontra-se na sétima posição. No Paraná, nos últimos cinco anos foi a universidade estadual que mais cresceu na Pós-Graduação. E ainda, no Word University Ranking (WUR), segundo a consultoria britânica Times Higher Education (THE), a Unioeste ocupa a 47ª colocação no Brasil e ainda de acordo com a revista no ítem qualidade de ensino a Instituição ficou em 27ª no cenário brasileiro. Os 38 Programas de Pós-Graduação (PPG’s) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), cresceram e se destacaram consideravelmente na avaliação dos Programas de Pós-Graduação realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior, o CAPES. O Processo avaliou 49 áreas de conhecimento, entre o período de 2017 e 2020, e dos 33 programas de pós-graduação exclusivamente administrados pela Unioeste 20 (60,6%) obtiveram elevações de conceito e 13 (39,4%) mantiveram o conceito já conquistado na avaliação do quadriênio anterior. A Unioeste possui ainda cinco programas de pós-graduação que são administrados por IES parceiras, na forma de rede nacional ou em associação, totalizando assim, 38 PPG´s. A Unioeste, além de incentivar a qualificação docente, vem trabalhando no sentido de potencializar a qualidade da produção científica na instituição, pois além da criação dos vários programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, a instituição evoluiu na concessão de bolsas de Iniciação Científica, de Pós-Graduação e Produtividade em Pesquisa. Em 1993, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) na Unioeste, CNPq concedeu 21 bolsas. Atualmente, a Unioeste conta com cerca de 425 bolsas de iniciação científica, distribuídas em 264 de PIBIC, 130 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC-AF) e 31 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIT). Além de propostas voluntárias de iniciação científica.
          A cidade de Cascavel, onde é ofertado o mestrado Interdisciplinar em Biociências e Saúde (BCS), está situada na região Oeste do Estado do Paraná. Sua população é estimada pelo IBGE em 364.104 habitantes, próxima à região das três fronteiras (Brasil, Paraguai e Argentina). O município de Cascavel é o polo universitário do Oeste do Paraná e conta com 11 centros de ensino superior. Estima-se uma população de aproximadamente 16.000 estudantes universitários (IPARDES, 2024). A cidade possui ampla rede hospitalar, ambulatorial e de centros de diagnóstico e tratamento especializados, considerada um polo de referência estadual na assistência à saúde, onde são atendidos, principalmente, pacientes das regiões Oeste e Sudoeste do Estado, que perfaz aproximadamente dois milhões de habitantes r. A rede pública de atenção à saúde do município é composta por 46 Unidades Básicas de Saúde (unidades tradicionais e unidade de saúde da família), Centros de Especialidades, Centros de atendimento psicossocial, laboratórios, entre outros. Além dessa estrutura, existem vários hospitais e clínicas privados. No âmbito da Unioeste, encontra-se o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), com uma área construída de 19.865 m2, sendo o maior Hospital Público das regiões Oeste e Sudoeste do Estado com atendimento 100% ao Sistema Único de Saúde, em distintas especialidades, inclusive a alta complexidade. Recentemente foi criado no referido hospital, o ambulatório de obesidade como desdobramento de trabalho articulado com docentes do Programa de mestrado em BCS e profissionais do HUOP. Nas dependências da Unioeste encontra-se também o Centro de Reabilitação Física (CRF), que oferece atendimento multiprofissional e apresenta-se como um fértil campo para pesquisas aplicadas em diversas áreas, além de gerar recursos próprios que podem ser utilizados para financiamento de pesquisas. Conta ainda, com o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) que oferece atendimento especializado em diversas áreas da odontologia.
          O Estado do Paraná possui quatro instituições de ensino superior Federais, sete Estaduais e 180 Particulares. Especificamente na região Oeste e Sudoeste há dois campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, dois da Universidade Federal da Fronteira Sul, além de ser sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Existem também os cinco campi da Unioeste e 45 campi de Instituições Particulares de Ensino Superior. Somados, são ofertados nas regiões, 111 cursos de Graduação na área da saúde e 184 de Pós-Graduação Lato-Sensu (Especializações). Observa-se, entretanto, que as referidas instituições das regiões Oeste e Sudoeste são carentes de cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu na área da saúde. Atualmente são ofertados cinco cursos de mestrado distribuídos entre os diferentes campi da Unioeste (BCS, Ciências Farmacêuticas, Odontologia, Saúde Pública em Região de Fronteira e Ciências Aplicadas à Saúde). Destaca-se que o PPG-BCS oferece Doutorado desde 2020. O Programa de Pós- Graduação em Biociências e Saúde na área Interdisciplinar, Câmara quatro da CAPES, surgiu da demanda regional por qua lificação de profissionais da área da saúde e afins e, do compromisso e interesse de professores e pesquisadores em oferecer um mestrado acadêmico, que pudesse contribuir para a qualificação desses profissionais. Contribuindo desse modo, para a produção de estudos, pesquisas e análises que visem à solução de problemas epidemiológicos, sanitários, da política setorial, de formação e gestão para o trabalho; bem como, desenvolver pesquisas básicas e aplicadas que ajudem a compreender as condições orgânicas e os processos mórbidos que interferem na vida de pessoas e comunidades. O referido curso procura romper com a lógica da produção de conhecimento fragmentado em disciplinas estanques, que não dialogam entre si, quer seja em termos de resultados, ou da forma como o conhecimento é produzido. Os problemas relacionados ao processo saúde-doença são complexos quando se considera o aspecto orgânico e se complexificam ainda mais quando se busca entender os aspectos socioeconômicos, político e cultural envolvidos. Para dar conta da totalidade desse processo é necessária uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar. Entendendo-se a interdisciplinaridade como uma forma específica de se abordar um determinado objeto, que rompe com as fronteiras da ciência disciplinar e, pelo compartilhamento de métodos e conhecimentos até então isolados, se produzem novos conhecimentos e novos profissionais. Assim, a articulação de conhecimentos multidisciplinares, em uma abordagem interdisciplinar, na área do Programa, tem como horizonte criar um campo de estudos e pesquisas em constante desenvolvimento e ser ponto de confluência de um conjunto de saberes, práticas e tecnologias que contribuam com a superação dos modelos tradicionais da pesquisa em saúde. Dessa forma, o enfoque não é a penas estudar e pesquisar temas relacionados com o processo saúde-doença, mas contribuir para a solução de problemas e para a satisfação de necessidades e aspirações de diferentes grupos populacionais.
         Nesse sentido, fazer com que a pós-graduação Stricto Sensu seja uma continuidade do processo de ensino aprendizagem para esses profissionais, requer que novos cursos sejam implementados. Visto que o contínuo processo educativo possibilita o aprofundamento do conhecimento, modo pelo qual o educando estará desvelando a realidade e buscando transformá-la. Assim, o o curso de doutorado ofertado pelo PPG-BCS desde 2020, voltado para área da saúde, coloca os educandos frente ao desafio de buscar respostas, estimulando a consciência crítica e transformadora frente à realidade. Visando suprir a demanda por qualificação por parte dos profissionais da área da saúde da região Oeste e Sudoeste. Essa demanda regional por qualificação, pode ser observada pelo número de inscritos em cada seleção realizada pelo mestrado em Biociências e Saúde. Desde 2011, o Programa realizou sete processos de entradas com 168 candidatos inscritos na 1ª seleção; 123 na 2ª; 78 na 3ª; 112 na 4ª; 109 na 5ª; 86 na 6ª e 78 na 7ª, ou seja, média de aproximadamente sete candidatos por vaga. Até outubro de 2024, o mestrado em Biociências e Saúde já concedeu 213 títulos de mestre para alunos de diferentes formações, tais como enfermeiros, biólogos, odontólogos, médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos etc. A maioria desses alunos é residente da região Oeste e Sudoeste do estado.
          Nesse contexto, considerando o processo de consolidação, verticalização e expansão da Unioeste, bem como, a sua inserção em uma região com ampla rede de instituições de ensino superior com cursos da área da saúde e ciências biológicas, justificou a criação e implantação do nível doutorado para o referido programa. Desde 2020, o Programa realizou cinco processos de entradas com 27 inscritos na 1a seleção, 24 na 2a, 20 na 3a, 17 na 4a e 47 na 5a, com média de dois candidatos por vaga. Até o ano de 2024 o doutorado em Biociências e Saúde já concedeu 10 títulos de doutor. Destaca-se que os cursos de doutorado mais próximos que atendem parte da demanda da nossa região estão localizados na cidade de Maringá e Londrina há 300 e 400 km de Cascavel, respectivamente. Portanto, a implantação do curso de doutorado em Biociências e Saúde atende as expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional da região. Segue abaixo um breve histórico da implantação e funcionamento do curso de mestrado. A implantação do mestrado interdisciplinar em Biociências e Saúde ocorreu em agosto de 2011. O Programa resultou de uma trajetória de articulação entre os docentes envolvidos, desde o início 2009, quando este grupo se propôs a construir um mestrado que fosse inovador e que articulasse diferentes áreas do conhecimento, pelo entendimento de que o processo saúde - doença, pela sua própria complexidade, deve ser abordado de forma interdisciplinar. O fato de o Programa ser interdisciplinar, com docentes de distintas áreas do conhecimento, com perspectivas teóricas e metodológicas distintas, tem exigido o exercício constante do debate amplo e solidário. Este tem sido um ponto importante do Programa, pois propicia a interação, inter-relação, conhecimento interáreas e o respeito entre os docentes, observando-se entre os mesmos uma grande disponibilidade e empenho nas discussões buscando integrar suas experiências nas diversas áreas de conhecimento, reconhecendo a necessidade da interdisciplinaridade na abordagem dos seus objetos de estudo a partir do eixo do Programa, ou seja, uma compreensão ampliada do processo Saúde-doença, entendendo que além da visão biologicista, este processo é também socialmente determinado. Entendemos que este processo de discussão e articulação entre as diferentes áreas deve ser contínuo para garantir a perspectiva pretendida, a qual tem contribuído para a produção de saberes científicos e tecnológicos inovadores e integradores da formação de um profissional com um perfil interdisciplinar. Dentro da temática do Processo Saúde-Doença, observa-se que ao longo do quadriênio nossas produções concentraram-se em três focos: Obesidade; Alterações no sistema neuro-músculo-esquelético e Políticas Sociais na Educação e Saúde. Também observam-se sobreposições entre estes três focos no decorrer do curso, visto que os docentes vem constituindo um espaço articulador para o desenvolvimento de estudos interdisciplinares. Em março de 2016 a partir de um convite do setor de vigilância em saúde, da Décima Regional de Saúde/SESAPR, docentes do Mestrado em Biociências e Saúde começaram a integrar um Grupo de Trabalho sobre Agrotóxicos (GT-Agrotóxicos). O referido grupo deveria buscar respostas ao problema crescente de intoxicações crônicas decorrentes da exposição prolongada a agrotóxicos que acontecem na região, de acordo com a Regional de Saúde. A partir dessa participação, docentes do Mestrado em Biociências e Saúde, cientes de suas responsabilidades diante de um problema importante para a região, passaram a desenvolver pesquisas (experimentais e epidemiológicas) abordando este grave problema de saúde pública. Como desdobramento dessa parceria, docentes envolvidos com o estudo da temática participaram, em 2016, de duas oficinas promovidas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para a discussão e construção de uma Rede de Pesquisadores em Agrotóxicos. Tal rede integra pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa, de vários estados brasileiros. A participação, tanto no GT- Agrotóxicos como na Rede, tem contribuído para fortalecer os estudos sobre o tema e ampliar a interlocução e parceria do Programa com serviços de saúde que contam com a universidade para o enfrentamento de problemas de saúde. Assim, face ao trabalho desenvolvido ao longo de um ano fomos convidados para participar de projeto piloto, proposto pela Secretaria Estadual de Saúde a partir de demanda do Ministério Público, para planejar a organização de rede de atenção a pacientes vítimas de intoxicação crônica por agrotóxicos. Salienta-se que no Programa, as disciplinas são ministradas por mais de um docente ao mesmo tempo em sala e ofertadas ao longo do semestre e não de forma concentrada, o que contribui para a compreensão por parte dos alunos e para o trabalho interdisciplinar. Embora, desde a elaboração da proposta estejamos discutindo a temática da interdisciplinaridade e a concepção ampliada do processo saúde-doença, entendemos que essas ações devem ser intensificadas para se consolidarem efetivamente como metodologias nos trabalhos desenvolvidos por todos os docentes, tanto no que se refere ao ensino (ministração de disciplinas) como no desenvolvimento das pesquisas. Essas mudanças já podem ser evidenciadas por meio das produções científicas e dissertações concluídas.   
          Destaca-se que a partir da conclusão das primeiras dissertações dos alunos do mestrado em Biociências e Saúde, que ocorreu em 2013, o grupo de docentes aumentou o número e a qualidade dos artigos, publicando 35 artigos em 2013, 66 artigos em 2014, 61 em 2015 e 72 em 2016. De 2017 a 2024 foram publicados 808 artigos científicos. Dessas produções, a maioria em parcerias entre dois ou mais docentes e linhas do Programa e 65% contemplam os alunos do Programa. A maioria dos alunos inscritos nas seleções é residente da região Oeste e Sudoeste do estado. Esses alunos se graduaram em diferentes cursos e instituições do Brasil. A formação dos alunos matriculados no programa é bastante heterogênea, dentre eles, há enfermeiros, biólogos, odontólogos, médicos, educadores físicos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, nutricionistas, psicólogos dentre outros. Devido à implantação do Programa ter ocorrido no segundo semestre de 2011 e a avaliação trienal realizada pela CAPES ter acontecido para os anos de 2010 a 2012, recebemos uma avaliação em 12/02/2013, correspondente a 18 meses de curso. Nesse curto período de tempo, a única mudança que havíamos realizado no Programa foi a incorporação da disciplina de Bioestatística, o que provocou um avanço importante para o curso. Nessa avaliação da CAPES, um dos questionamentos foi, em relação à infraestrutura para pesquisa, em que não havíamos deixado claro em nosso documento se há laboratórios específicos para a pesquisa. Destaca-se que o Programa dispõe tanto de laboratórios destinados às pesquisas de bancada, como para pesquisas de campo, nas áreas da saúde e educação, além disso, todos esses laboratórios são exclusivos para a pesquisa. Possuem boas condições de trabalho, com computadores ligados à internet e infraestrutura para a permanência dos alunos do mestrado, da iniciação científica e da educação básica, o que permite importante interação entre eles. Com a perspectiva de implantação do doutorado e entendendo que o trabalho interdisciplinar seria facilitado, caso todos os docentes do Programa desenvolvessem seus trabalhos em um único bloco, foi iniciada em 2017 e inaugurada em 2022 a construção de bloco de 700 m2 para o Programa. Outro questionamento da CAPES foi em relação a uma grande concentração de artigos publicados em um único docente. Todavia, esperávamos que com o início das defesas das dissertações, a distribuição dos artigos seria mais homogênea entre os docentes, fato este, confirmado para os anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e nos anos subsequentes a partir das defesas de dissertações teses de doutorado. Ainda, houve o questionamento realizado pelo comitê de avaliação da Capes em relação à baixa participação dos alunos em eventos científicos. Justifica-se que, com 18 meses de Programa, período em que fomos avaliados, os alunos estavam em período de qualificação e finalização dos seus trabalhos e que a partir de 2013 haveria divulgação por parte dos alunos em eventos científicos. Isso foi confirmado, a partir de 2013 tivemos um avanço bastante positivo neste aspecto. Todos os alunos vêm apresentando os trabalhos relacionados às suas dissertações em eventos científicos nacionais ou internacionais. Em relação ao credenciamento e descredenciamento de docentes no programa, por decisão do Colegiado, o credenciamento de novos docentes acontece somente em substituição aos descredenciados. Essa estratégia vem sendo entendida como um ponto positivo, visto que estamos em processo de consolidação do Programa. Destaca-se que, para se candidatar ao credenciamento, solicitado pelo Programa, o docente, além de atender a produção estabelecida pela área interdisciplinar da Capes, deve ter orientado ou estar co-orientando no Programa. Todavia, por decisão do colegiado, em 2015, credenciamos um profissional da área médica que atua na área de Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo, com linha de pesquisa em cirurgia bariátrica. Esta estratégia surgiu a partir da alta demanda por parte desses profissionais nos processos de seleções. A aquisição deste docente pesquisador tem auxiliado na qualificação e formação dos alunos. Em 2019 foi credenciada uma docente e em 2021 três docentes, das áreas de enfermagem, educação, fisioterapia e farmácia que tem contribuído para a interdisicplinaridade das pesquisas e formação dos mestres e doutores. Destaca-se como um ponto importante para a consolidação do Programa, o fato de o mesmo ser constituído por um núcleo próprio, 70% dos docentes são cadastrados somente neste Programa. Há uma grande interação científica entre os docentes do Programa por meio de parcerias em projetos de pesquisa e com grupos de pesquisa de outras Instituições, nacionais e internacionais, e/ou Programas de Pós-graduação, com o intuito de fortalecer as linhas de pesquisas. As parcerias com instituições estrangeiras tem contribuído para ações de internacionalização do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde tais como estabelecimento de convênios institucionais para a participação de alunos e docentes em visitas técnicas, projetos de pesquisa e aulas entre os países envolvidos. Os docentes do Programa têm aprovado (em diferentes órgãos de fomentos) vários projetos vinculados às dissertações e às teses que são coordenados por pelos mesmos ou recebem a colaboração dos mesmos. Esses recursos, associados com as parcerias contribuíram e estão contribuindo muito na melhoria da qualidade das pesquisas e, consequentemente, na qualidade das publicações.
        O mestrado em Biociências e Saúde, criado em 2011, foi o primeiro Programa que abriu oportunidade ao grande número de interessados em fazer um curso Stricto Sensu na área da saúde em nossa região, proporcionando novas possibilidades aos egressos. Dentre os 75 egressos que concluíram suas dissertações entre os anos de 2012 a início de 2017 em nosso mestrado, 18 cursaram o doutorado em diferentes universidades do país (UFMG, UNICAMP, UnB, UEM, UFRGS, UNIFESP, UERJ, UFSC e USP); 24 estão atuando na docência em nível superior em universidades públicas ou privadas; 15 atuam como servidores em secretarias estaduais ou municipais de saúde; 02 atuam na rede privada de ensino médio; 01 atua na rede pública de ensino médio; 05 atuam no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) e 01 no Hospital Municipal de Marechal Cândido Rondon; 02 na indústria farmacêutica privada; 01 atua como servidor da UTFPR; 01 como servidor do INSS e os demais atuam na rede privada como odontólogos, farmacêuticos, nutricionistas ou fisioterapeutas. De 2017 até o presente momento foram titulados 150 mestres e 11 doutores. Dos quais muitos atuam nas redes pública e privada de saúde e/ou educação, e outros ingressaram em cursos de doutorado no próprio programa, bem como em outras instituições de ensino. Com o esforço e empenho de docentes afetos ao mestrado em BCS, criou-se a revista “Varia Scientia - Ciências da Saúde”. Em 2016 foi o segundo ano da revista e os docentes do Programa tem trabalhado no sentido fortalecer a mesma. E em 2023 a revista (ISSN: 2446- 8118) foi classificada no Qualis periódicos, área interdisciplinar como B3. Destaca-se que em 20 de setembro de 2017 a Capes divulgou o resultado da avaliação quadrienal dos Programas de Pós-graduação e o conceito do mestrado em Biociências e Saúdo foi elevado para quatro. E em fevereiro de 2023, o resultado da referida avaliação elevou o conceito do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde para cinco. Diante do exposto, entendemos que somos um Programa novo, todavia destaca-se que os docentes afetos ao Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde têm envidado esforços direcionados à consolidação do Programa, com foco na formação do aluno e maturidade científica.
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