Histórico

A história dos grupos de pesquisadores do campus de Foz do Iguaçu e do campus de Cascavel da UNIOESTE sempre esteve entrelaçada, primeiramente com esforços conjuntos para a implantação do curso de graduação em Enfermagem no campus de Foz do Iguaçu, em 2004 e, em 2015 com a criação deste programa.

Com a implantação do curso de Enfermagem, por meio de concurso público, novos professores foram nomeados a partir do ano de 2006 para atuação neste curso e a chegada de docentes permitiu que a IES incentivasse a organização de espaços de investigação científica, visando objetivos voltados a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão.

Daí em diante, surgiram projetos guarda-chuva, sob os quais diferentes docentes puderam unir forças, ingressando em grupos de pesquisas já consolidados, e posteriormente criando novos.

Frente a história do Grupo, considerando a política institucional em pesquisa e pós-graduação da Unioeste, suporte técnico e científico da Universidade de São Paulo - USP e as características regionais (tríplice fronteira internacional) além do estímulo/suporte da Hidrelétrica Binacional Itaipu - Fundação Parque Tecnológico ITAIPU - Brasil (FPTI-ITAI), a IES considerou ímpar o cenário, para submeter à CAPES, a proposta de implantação do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira. Para além do interesse institucional em pesquisa, em nível de pós-graduação stricto sensu, destaca-se a inserção da Unioeste, Campus de Foz do Iguaçu, em um espaço geográfico onde se encontram particularidades incomuns e carentes de investigação científica estratégica para o país. 

A cidade de Foz do Iguaçu está localizada no extremo Oeste do Paraná, especificamente na tríplice fronteira internacional Brasil, Paraguai e Argentina, com população de aproximadamente 700.000 habitantes envolvendo Foz do Iguaçu, Cidade de Leste (Paraguai) e Porto Iguaçu (Argentina). Somente a cidade de Foz do Iguaçu, abriga cerca de 80 das 192 nacionalidades existentes no mundo, a cidade é considerada uma das mais multiculturais do Brasil, onde 72 grupos étnicos estão presentes constituindo sua população, proveniente de diversas partes do mundo. Os principais grupos étnicos em Foz do Iguaçu são italianos, alemães, hispânicos (argentinos e paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses e libaneses. Estes possuem, na cidade, a 2ª maior comunidade libanesa do Brasil. Ao contabilizar o contingente da 9ª Regional Administrativa de Saúde do Paraná onde se inclui mais oito municípios (São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Itaipulândia, Missal, Matelândia, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu e Serranópolis do Iguaçu), esta microrregião brasileira alcança quase 500 mil habitantes, e contabilizando as cidades irmãs, Porto Iguaçu (Argentina) e Cidade de Leste (Paraguai), e a população flutuante, devido ao turismo nacional e internacional, diariamente circulavam nesta localidade aproximadamente 2 milhões de pessoas (número este diminuído com a pandemia da Covid-19).

Diante desse contexto, a Unioeste contando com seu quadro de servidores, pesquisadores de diferentes áreas de formação acadêmica como ciências da saúde, ciências sociais, psicologia, educação entre outras, considerou que era possível promover ensino e pesquisa por meio de um programa de pós-graduação ligado a Enfermagem em Saúde Pública.  Tal perfil foi considerado potencialmente promissor, visto que a área geográfica de inserção do Programa constitui um laboratório vivo e dinâmico, onde emerge temas/problemas de pesquisa devido os seguintes aspectos:

1) Conformação geopolítica e econômica (tríplice fronteira internacional, relações internacionais, tráfico e descaminho);

2) Conformação social e cultural (presença de diferentes etnias fixas residindo na região, além do turismo, costumes, idiomas, refugiados e comportamento em saúde);

3) Presença de comportamento epidemiológico diferenciado frente a doenças infecciosas e agravos na fronteira (dengue, HIV/aids, tuberculose, hanseníase, malária, febre amarela, violência juvenil [homicídios e suicídios], moradia e gregária [favelas e áreas de risco], trânsito [transporte internacional de pessoas por mototaxistas e cargas pesadas]);

4) Impacto de grande empreendimento e sua relação ambiental e social [Hidrelétrica Itaipu Binacional];

5) Gestão e planejamento em saúde (devido aos diferentes modelos de sistemas de saúde Brasil-Paraguai-Argentina e o acesso aos serviços de saúde). 

Ao considerar as potencialidades institucionais, o cenário político-econômico, social, práticas em saúde pública, geográfico e as parcerias estabelecidas, a Unioeste submeteu a CAPES - Área de Enfermagem, a proposta de criação do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira, nível mestrado no ano de 2014, sob o registro 1478/2014. Obteve recomendação em dezembro do mesmo ano. Após a tramitação do projeto pedagógico e regulamento do Programa nas instâncias pedagógicas e administrativas da Unioeste, estes foram aprovados pela Resolução n.º 022/2015 – CEPE, de 26 de março de 2015 e Resolução n.º 026/2015, CEPE, de 09 de abril de 2015, respectivamente.

E, finalmente, após longo período de greve vivenciado nas universidades do estado do Paraná ao longo do ano de 2015, as atividades (aulas, orientações e desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão) do Programa iniciaram-se no mês de setembro de 2015, com a matrícula de 10 mestrandos, selecionados de um contingente de 81 candidatos.

Concomitante a criação do programa, ainda em 2015, o campus de Foz do Iguaçu da Unioeste firmou convênio com a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto para oferecimento de um Doutorado Interinstitucional em Enfermagem em Saúde Pública, patrocinado pela Itaipu Binacional, com oferta de 35 vagas para profissionais de Foz e região e destes 18 eram docentes da Unioeste. Essa parceria trouxe muitos benefícios durante os anos de 2015 a 2019, pois renomados pesquisadores vieram para Foz do Iguaçu, houve ativa interação entre os doutorandos deste DINTER e nossos mestrandos nas disciplinas e também ocorreram parcerias entre os docentes da EERP/USP e os docentes deste programa em coorientações, bancas de defesa e produção científica. Foram anos de muito aprendizado para o corpo docente do programa devido a expertise e generosidade que os docentes da EERP possuem.

INGRESSO ANUAL

2015 – 10 alunos regulares

2016 – 10 alunos regulares

2017 – 12 alunos regulares

2018 – 14 alunos regulares

2019 – 16 alunos regulares, sendo 03 estrangeiros

2020 – 16 alunos regulares

2021 – 20 alunos regulares

2022 – 18 alunos regulares, sendo 02 estrangeiros

2023 – 20 alunos regulares

2024 – 16 alunos regulares + 12 alunos Turma exclusiva HMPGL

 2025 – 17 alunos regulares

PRIMEIRAS DEFESAS

2017 – 10 defesas