Rondon inaugura ambiente multiuso para pesquisa e pós-graduação

Foi inaugurado na tarde desta quinta-feira (22), no Campus de Marechal Cândido Rondon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o novo prédio do Programa de Pós-Graduação em História e Programa de Pós-Graduação em Geografia. A proposta da construção surgiu da necessidade de consolidar esses programas, por meio da ampliação do espaço físico e implantação de novos laboratórios, em ambiente multiuso, adequados para o desenvolvimento de pesquisas e formação de excelência.

O diretor geral do campus de Marechal Cândido Rondon, Davi Felix Schreiner, afirma que a elaboração desta obra ambiente multiuso e pesquisa, vinculada a esses programas, revestem de múltiplas dimensões de significado ímpar. “Ao olhar essa belíssima obra e seus ambientes internos, não consigo ver apenas um prédio, eu consigo ver fundamentalmente pessoas. A imagem que se produz é do cuidado, do reconhecimento, da necessidade de boas condições para o trabalho dos docentes, da pesquisa e da extensão de excelência, do compromisso de cada professor pesquisador e de cada técnico universitário”.

“No âmbito da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), está sendo feito todo o trabalho possível para que as universidades possam ter estabilidade no sistema de financiamento, para dar previsibilidade aos gestores e comunidades acadêmicas através de seus conselhos”, afirmou o superintendente da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, que participou da cerimônia de inauguração. “Sou também do meio universitário, conheço bem as dificuldades e lutas da gestão universitária e da dificuldade de captação de recursos para o investimento na área das nossas ciências humanas. Alegro-me porque estamos aqui celebrando importantes conquistas que materializam as condições adequadas de trabalho da comunidade acadêmica”.

Aldo disse ainda, esperar que em todas as áreas do conhecimento o valor das instituições possa ser mais conhecido e reconhecido, e parabeniza todos os envolvidos no projeto. “Que os programas de pós-graduação façam sair daqui grandes seres humanos, grandes profissionais, e grandes trabalhos reconhecidos pela produção de conhecimento”.

Este projeto é de extrema importância, não apenas para o campus de Marechal Cândido Rondon, mas para toda a sociedade, destacou o reitor da Unioeste, Alexandre Webber. “A perseverança, a luta, e o agradecimento a todos que a cada dia vem fazendo um esforço coletivo, se reinventando, e não deixando nossa Universidade parar. A Unioeste tem se fortalecido na sua luta e sua defesa. Estaremos juntos nas batalhas que virão pela frente, sempre na defesa de uma universidade pública, gratuita, de qualidade, cada vez mais forte, e que cada vez mais transforma nossa sociedade. Tenho certeza que esse prédio levará muito mais adiante nossos programas de pós-graduação e cursos de graduação”.

Para Marcelo Silva Bortolini de Castro, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DRCT) da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o investimento em ciência, tecnologia e inovação é pensar no futuro. “A Finep tem uma gama muito grande de instrumentos de apoio e se orgulha muito de conseguir trabalhar e atuar em toda essa cadeia, auxiliando o Brasil no seu desenvolvimento tecnológico. Quando nós falamos desta obra especificamente, estamos apresentando foco no futuro, foco no ensino público de qualidade. Fico imaginando as pessoas, daqui um tempo, entrando no prédio, assistindo aulas, desenvolvendo seus trabalhos de pesquisa. A gente vê a materialização de um sonho”.

O campus de Marechal Cândido Rondon possui praticamente o mesmo número de cursos de mestrado e doutorado, e cursos de graduação, destaca o coordenador do projeto, professor Antônio Bossi. “Isso não acontece em qualquer universidade pública do Brasil. Muito investimento já foi feito em termos de recursos humanos, espalhando alunos já formados por todo o Brasil na área de História e de Geografia. Além do reconhecimento, tenham a certeza de que esse prédio não é um começo, mas estamos no meio do caminho, é preciso muito para que consolidemos essa verticalização que nós encontramos em Marechal Cândido Rondon”.

Davi ainda destacou que os recursos financeiros em infraestrutura, equipamentos e em pesquisas não são gastos, mas sim, investimentos para nossa geração e para as gerações futuras. “Esta obra trata-se de um ambiente multiuso, e neste sentido, seu impacto no ensino, na pesquisa e na extensão é incomensurável. É importante salientar que teremos ambientes adequados para formação de profissionais de excelência, em função própria dos programas de pós-graduação. A maioria dos nossos alunos formados por estes programas, trabalha após a formação nos diversos níveis de ensino, sobretudo na graduação e na pós-graduação pública”.

Diversos laboratórios que compõem este ambiente estarão voltados para a pesquisa e extensão da relação dialógica com os municípios e população local, do Oeste e Sudoeste do Paraná, ressaltou o diretor. “O trabalho e o compromisso de cada um para finalizar é parte do que somos: um campus de uma universidade pública entre as mais bem conceituadas do país, que já formou milhares de profissionais na graduação e na pós-graduação".

40 anos de ensino superior

Na ocasião, também foi realizado o lançamento do selo de 40 anos de ensino superior no campus de Marechal Cândido Rondon. Para Davi, essa obra simboliza as experiências, a luta, os sonhos da comunidade acadêmica. “Isso me faz transportar no tempo. Faz-me lembrar das lutas do passado para implantar o ensino superior no nosso município. Quando olho para a infraestrutura do campus, e em especial para esta obra, imediatamente me faz lembrar dos que com suas mãos, tornaram essa realidade possível, os trabalhadores. Também igualmente me faz sonhar de que se nós conquistamos juntos tamanha obra e tamanha conquista, outras mais nós conquistaremos”.

A obra

A execução da construção, o projeto “Ambiente Multiuso em Pesquisa e Pós-Graduação em História e Geografia”, elaborado por professores dos Programas e coordenado pelo professor Dr. Antônio de Pádua Bosi, foi submetido à Chamada Pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI/FINEP/CT-INFRA-PROINFRA-01/2011), sendo aprovado. O valor financeiro investido na construção, que conta com 1.549,15 m2, foi de R$ 2.991589,00.

No prédio, serão ministradas aulas das disciplinas dos cursos de Mestrado em História e Geografia, bem como atividades de extensão e pesquisas. “Importante salientar que o prédio conta com acessibilidade para portadores de deficiência física, rampa de acesso e elevador, bem como todos os ambientes climatizados”, salienta Davi.

Nele serão instalados diversos laboratórios de pesquisa, entre os quais: Laboratório de Microfilmagem e Digitalização de Documentos, Geoprocessamento e Fotointerpretação, Dinâmica Territorial, Conflitos Sociais e Espaço de Fronteira, Produção Audiovisual, Práticas Culturais e Identidades, Trabalho e Movimentos Sociais, Estado e Poder. E, também o Centro de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná. O prédio conta ainda com um miniauditório, para aulas, conferências e defesas de Dissertações e Teses, salas de Coordenação e Secretaria dos Programas.

Segundo Davi, a entrega desta obra é de suma importância para a consolidação dos Programas de Pós-Graduação em Geografia e História, para a pesquisa e a formação de profissionais de excelência nos cursos de Mestrado em Geografia, curso de Mestrado em História e curso de Doutorado em História. “Ao mesmo tempo, produzirá uma impactação social fundamental no âmbito do ensino na rede municipal, estadual e em cursos de Pós-graduação. Entidades públicas e privadas também serão beneficiadas com pesquisas e atividades de extensão”.

A cerimônia de inauguração foi restrita, devido a pandemia da Covid-19. A participação do público se deu pela página oficial da Unioeste. O ato contou também com a presença do vice-reitor Gilmar Mellocom, da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Sanimar Busse, pró-reitor de Graduação, Eurides Küster, vice-reitor da Unioeste, Gilmar Ribeiro de Mello, diretor geral do campus de Toledo, Remi Schorn, coordenador geral do projeto, professor Edson Antônio Silva, deputado estadual Hussein Bakri e secretário da Infraestrutura do Estado do Paraná Sandro Alex, representados por Luciano Scherer, diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, professor Valnir Alberto Brandt, diretor do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras, professor Edilson Hobold, coordenador do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em História, professor Moisés  Antiqueira, coordenador do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Geografia, professor Edson dos Santos Dias, coordenador do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Agronomia, professor Neumárcio Vilanova da Costa, coordenador do curso de Administração, professor José Angelo Nicácio, coordenador do curso de Agronomia, professor Claudio Yuji Tsutsumi, coordenadora do curso de Geografia, professora Vanda Moreira Martins, diretor de Planejamento Físico da Unioeste, engenheiro civil Paulo Henrique Gris, e proprietário da empresa Construtora Geram Ltda e responsável pela execução da obra, engenheiro civil, Damiano Andre Geram.

Equipe ACS