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Central de Notícias

Escritora realiza doações de livros autorais para a biblioteca da Unioeste

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel, recebeu uma generosa doação de livros da contadora de histórias e escritora Lilyan de Souza para a biblioteca da Universidade. Jornalista, atriz, escritora, contadora de histórias e produtora cultural, ela volta a sua cidade natal para relembrar os caminhos que a conduziram até a arte.

         “Meu ingresso na literatura aconteceu de forma inesperada. Comecei a fazer teatro aqui em Cascavel, na Unioeste, em 1998 no projeto TUCCA que era o Teatro Universitário do Campus de Cascavel. Na época eu tinha entre 16 e17 anos quando comecei a fazer teatro aqui, eu nunca fui universitária daqui eu fazia parte da comunidade, morava aqui na região. Então comecei a participar das peças, eu sabia que era isso que eu queria fazer, trabalhar com a arte, com a linguagem, a comunicação, o teatro e a literatura lado a lado”, disse a escritora.

         Ela também explica como começou a escrever livros invento-juvenis. “Quando eu fui para Curitiba estudar Artes Cênicas, fiz estágio na Fundação Cultural de Curitiba, como contadora de história e, eu não sabia nada daquilo, eu era uma atriz e nunca tinha trabalhado com o público infantil inclusive. Eu me apaixonei, e foi aqui que descobri o tamanho do universo da literatura infanto juvenil. Sou formada em jornalismo, então naquela época a escrita já estava presente na minha vida, e sempre me limitei, por achar que eu era uma contadora de histórias não uma escritora, até que eu comecei a arriscar em botar no papel como uma brincadeira e em 2015 ou 2016 um amigo que também era contador de história na época, começou a escrever e lançar os seus livros, ele pegou um dos meus materiais, e levou para uma editora. Disso veio os meus dois primeiros livros Pequenas delicadezas cotidianas e o Menina dos sonhos, que foram lançados no ano seguinte. Após isso eu fui criando coragem, ainda sim demorei muito tempo para começar a me dominar como escritora, eu achava divertido, porque eu contava histórias escritas por outras pessoas, então decidi contar as minhas próprias histórias escritas por mim”.

         A escritora também comenta sobre os acontecimentos em sua vida que inspiraram e inspiram os seus trabalhos literários. “Menina dos Sonhos que foi um dos meus primeiros trabalhos, eu queria muito falar sobre a gravidez na adolescência, só que sem citar a gravidez na adolescência, e sem nem fantasiar de uma maneira romantizada, e nem dizer que isso é um caos, horrível e triste, queria retratar de uma maneira poética uma experiência que eu mesma vivi, afinal eu tive minha filha, Ana Carolina, com 15 anos. Eu queria falar sobre isso então usei a metáfora dos sonhos, os doces, que os sonhos têm sabores variados, e com o passar do tempo, seus gostos mudam o paladar muda, e que você não precisa necessariamente abrir mão de determinadas coisas para conseguir outras”.

         O professor José Paulo Tasca, que foi companheiro de teatro de Lilyan na época do TUCCA na Unioeste, conta um pouco sobre o projeto TUCCA e como o projeto movimentou o futuro dos participantes. “Participamos juntos do projeto TUCCA aqui da Universidade em 1998, que durou aproximadamente 10 anos, onde funcionários, e professores participaram, sendo aberto à comunidade, onde a Lilyan iniciou. Esse projeto, digo por experiência, mudou as nossas vidas, temos atrizes e atores na Alemanha, Itália, a Lilyan em Curitiba, trabalhando com a arte. Esse projeto começou aqui em Cascavel e expandiu, conseguiram montar um grupo de teatro em Toledo e Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão. Fizemos três edições do Unioeste em Cena, que era um festival que reunia os grupos e os trabalhos que tinham. Os participantes passavam o ano todo ensaiando, fizemos as edições em Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu, apresentamos os trabalhos para comunidade e aos demais”.

         Apesar de não ser formada na Unioeste, Lilyan reconhece a participação da Universidade na sua formação artística e a doação de alguns de seus livros para a biblioteca da instituição reforça esse reconhecimento. “Eu sou cria da Unioeste, sou formada aqui, não por graduação, mas por experiência de vida. Foi aqui que descobri tudo o que eu sei, tudo o que eu queria ser e me descobri aqui. Foi a partir do TUCCA que eu fiz a minha primeira direção, me abriu espaço como artista para dirigir uma peça, e me preparou para o mundo, me fez ser quem sou hoje. Tenho um carinho muito grande por esse ambiente Unioeste”.

        

          

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