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Unioeste trilha destino de Pais e Filhos

A inspiração é a entrada de ar nos pulmões, mas também significa conselho, sugestão e influência. É esta palavra, com duplo sentido, que marca a vida de pais e filhos na história da humanidade.  Neste Dia dos Pais, a inspiração move vidas também na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), como a dos docentes Alfredo Petrauski e João Batista Zanardini, do Campus de Cascavel, cujos filhos, por coincidência, tem o mesmo nome: Matheus. Além dos dois, José Antônio Cescon e o filho João Antônio Pimenta Ceston, no Campus de Foz do Iguaçu, são contadores, formados pela Unioeste.

 

As histórias de filhos que seguem as pegadas dos pais na carreira são muitas na Unioeste, nos campi de Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão, entre funcionários e docentes. Na lista também estão o Diretor-Geral do Campus de Marechal Cândido Rondon, Emerson e seu filho Henrique Fey, de 21 anos, que cursa Agronomia. “Sempre acompanhei meu pai na lida do campo e ele sempre me ensinou e me dava oportunidade de estar junto no dia a dia. E isso fez com que eu seguisse seus passos e estudasse Agronomia”.

 

São coincidências que vão além das palavras e formam histórias de filhos que seguiram os passos de seus pais, como Renato Stangarli, docente do curso de Agronomia e seu filho Eduardo Seefeld Stangarlin, 19 anos, cursando o 2° ano da graduação.  No Campus de Francisco Beltrão, o Agente Universitário Everton Mari, também convive com o filho Guilherme Corbari Maria, 21 anos, que está no 3° ano do curso de Direito da Instituição. Também o professor do Centro de Ciências Humanas e Sociais do campus de Toledo, Silvio Antônio Colognese, tem suas duas filhas estudando na Unioeste: Maria Ritha Veiga Colognese no 5º ano do curso de Odontologia e Maria Alice Veiga Colognese, do 3º ano do curso de Fisioterapia. E o docente Geraldo Magella Neres, também de Toledo que observa seu filho Lucca Abbado Neres, cursando Ciência da Computação em Foz do Iguaçu.

 

Histórias que inspiram

 

Professor Alfredo, do curso de Engenharia Civil, convive diariamente com o filho Matheus, de 33 anos, ambos professores doutores do curso de Engenharia Civil, do Campus de Cascavel, no Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET). Em outro prédio, no Centro de Comunicação, Educação e Artes (CECA), estão o docente João Batista Zanardini, que acompanha os passos do filho Matheus, de 20 anos, aluno do curso de Letras, ambos no mesmo campus.

 

Já o professor José acompanhou passo a passo o filho João formar-se no mesmo curso. Os dois tiveram a oportunidade de serem professor e aluno e agora são colegas de profissão. “Para mim como pai e professor é gratificante ter seu filho recebendo o mesmo conhecimento. Não tem palavras para descrever esta emoção. É uma extensão da gente. Ele já está cursando disciplinas de mestrado e ele quer também ser profissional da área e docente.”, comemorou professor José.

 

São as histórias destas pessoas que trazemos no Dia dos Pais de 2024, uma forma simbólica de mostrar o papel da Unioeste na vida de pessoas, principalmente das que elegem à docência como profissão.  Nestes exemplos, há expressões em comum, quando seus personagens falam da relação de pai e filho.  “A palavra é realização e orgulho”, dizem Alfredo e João Batista.

 

Memórias

 

Alfredo Petrauski ingressou na Unioeste, quando ainda era Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel (Fecivel), em 1986, e seu filho foi admitido como docente, em 2020. Os dois dão aula no CCET, na mesma área de pesquisa. É casado com a professora Sandra, docente e coordenadora do mesmo Centro.

 

João Zanardini formou-se em Matemática, em 1998, e atua na Unioeste desde 2001, em projeto de extensão, depois como professor celetista e atualmente como docente efetivo, admitido em 2008. Zanardini também é casado com uma docente, professora Mônica, igualmente docente no Ceca.

 

Na entrevista, os dois pais e seus respectivos filhos mostram gostos comuns e falam do amor pela transformação por meio da educação.  Matheus, filho de Alfredo, diz que cresceu no ambiente acadêmico, tanto na Unioeste como na Universidade Federal de Viçosa (UFV) em Minas Gerais, lugar que os pais fizeram todo o percurso de Pós-Graduação e construíram seus históricos de vida. “Eu lembro da dedicação do meu pai, do amor que ele tem pelo que faz, este exemplo foi fundamental na minha escolha profissional. E isso para mim é extremamente importante”.

 

Já Matheus, filho de João, nasceu em Cascavel e mesmo jovem tem firmeza quando fala da escolha. “Eu quero ser professor, quero ser docente da educação básica e quem sabe no ensino superior. Eu me inspirei vendo toda a dedicação dos meus pais.”

 

José Antônio Cescon formou-se em Ciências Contábeis, 1984, quando o campus de Foz do Iguaçu era Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Foz do Iguaçu (Facisa). Entre outras atividades, é professor permanente do Programa de Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade e avaliador do Ministério da Educação na área de contabilidade.

 

O filho João diz que o pai foi fonte de inspiração. “Quero ser a fonte de inspiração para ele, para que ele possa ter o orgulho de ser o ótimo professor que ele é. Sim tive aula com meu pai, e não é porque é meu pai, mas que aula boa, meu Deus”, comenta João que se formou nesta última quinta-feira no campus de Foz do Iguaçu.  

 

Emocionado, ele conta ainda que o papel do pai foi decisivo em sua vida e na escolha da profissão. “Posso falar da trajetória toda, eu sempre fui uma pessoa um tanto quanto perdida.   Já quis ser escritor, artista, músico, mas porque contábeis? Meu pai sempre foi fonte de inspiração para mim. Lembro até hoje ele ligando para falar que tinha sido aprovado na banca da tese de doutorado dele, e eu e minha mãe chorarmos de felicidade”, lembra.

 

João conta que aquele dia foi “a mudança de chave” na sua vida. “Porque não seguir o caminho que meu pai fez. Entrei no curso de Ciências Contábeis sem saber exatamente o que estaria fazendo lá, e sinceramente, me surpreendi desde o primeiro dia de aula. Me apaixonei pelo curso, e quando cheguei ao terceiro ano do curso decidi o que faria”, revela.

 

Agora a meta de João é, seguir a carreira docente. “Sempre tive uma quedinha pelo quesito dar aula. Bom, na área eu tenho um nome a honrar, e o meu foco é poder escutar alguém perguntar ‘Você viu a pesquisa que o Cescon fez?’ e logo alguém perguntar ‘o pai ou o filho?”.

 

Lembranças

 

Tanto Alfredo como João Batista contam as lembranças da infância dos filhos. Ambos dizem sentir “gratidão” por estarem na Instituição e poderem acompanhar, no mesmo compasso, processo de reconhecimento e consolidação da Instituição e o crescimento dos filhos. “É um sentimento indescritível ter meus filhos por perto e saber que estão concretizando seus sonhos, diz Alfredo.

 

Joao Batista diz ter a mesmo sentimento do colega Alfredo. “Ver meu filho trilhando nossos passos é uma realização como pai, ver a lucidez dele quando conversamos é incrível. Eu tenho com ele conversas que teria com poucos. É bom estarmos juntos nessa jornada. Sabe, aquele dia que você tem uma aula boa e você sai de alma lavada. Hoje, eu o tenho para conversar comigo”, afirma João Batista.

 

José Antônio formado há 40 anos, na Unioeste/Facisa, diz que não tem como expressar tamanha felicidade em ver seu filho formando-se na mesma profissão e dois dias antes do Dia dos Pais. A comemoração neste domingo será em dose dupla. “O que dizer desta conquista: orgulho, orgulho e mais orgulho”, diz.

 

Emerson Fey que trabalha na instituição há 24 anos e atualmente é o diretor do Campus de Marechal Cândido Rondon, menciona que é muito interessante e satisfatório ver o filho alcançando seus sonhos na mesma Universidade. “Tenho certeza de que ele será muito bem-sucedido na sua carreira”.

 

Mesmo em luto, a Unioeste homenageia todos os pais, principalmente aqueles que perderam suas vidas nesse trágico desastre aéreo do voo 2283, e aos pais que perderam seus filhos. A Universidade se solidariza com suas famílias, e espera que as lembranças sejam um pequeno farol de luz em meio ao caminho escuro nesse momento difícil.

 

Por Mara Vitorino e Alexander Marques

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