Paraná Faz Ciência: Unioeste apresenta o projeto AgriTech Symbiosis voltada para sustentabilidade da cadeia agroalimentar
Acontece em Maringá até a próxima sexta-feira (11), o Paraná Faz Ciência. A feira é o maior evento científico do Paraná e está vinculada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste - está presente com diversos projetos desenvolvidos nos campi de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo.
Entre os projetos apresentados no evento está o AgriTech Symbiosis uma rede multidisciplinar que envolve pesquisadores da Unioeste, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Dentre os projetos desenvolvidos pelos pesquisadores do AgriTech Symbiosis, destaca-se que tem como foco a cadeia agroalimentar, que busca novas soluções que possam trazer benefícios para a sociedade.
O projeto é coordenado pela professora Mônica Fiorese, e esta é a segunda vez que os resultados dos trabalhos desenvolvidos por esse projeto são apresentados em uma edição do Paraná Faz Ciência. “Um dos objetivos é mostrar aos estudantes que visitam a feira como eles podem desenvolver ciência e gerar um impacto positivo para a sociedade”, explicou Mônica.
Nesta edição, um dos destaques apresentados é o reaproveitamento de matérias-primas que sobram no processamento de alimentos, como cérebro, fígado, rins e pâncreas, para o desenvolvimento de biofármacos, proteínas hidrolisadas, carvões ativos, fontes de nitrogênio e fontes de minerais para o solo.
Os visitantes da feira também podem conhecer um estudo sobre agricultura regenerativa, que envolve a inoculação de microrganismos benéficos para o solo e o desenvolvimento de potenciais meios de cultivo, permitindo que as plantas se desenvolvam de forma mais rápida, favorecendo a produção de alimentos.
De acordo com a professora Mônica, existe uma projeção mundial de escassez de alimentos, mas o Brasil tem um grande potencial de produção. No entanto, não há muitas áreas para expandir, por isso é preciso aumentar a produtividade no mesmo ambiente.
Mônica também destacou que esses projetos já são aplicados na comunidade e, inclusive, alguns se transformaram em produtos comerciais, sendo desenvolvidos com empresas da região Oeste do Paraná. “O Agritex Simbioses veio para que possamos fazer uma parceria colaborativa com o setor privado, desenvolvendo soluções em conjunto. Ele funciona como um programa que entrega soluções efetivas. Atualmente, temos cerca de 40 pesquisadores que integram as áreas de biologia, engenharia, agronomia, zootecnia e medicina. Sem esses profissionais, seria apenas engenharia química e biologia”, explicou Mônica.
Karina Triquezi, agente universitária que fez mestrado e doutorado em engenharia química na Unioeste, também faz parte do projeto. Ela destacou que apresentar os resultados das pesquisas na feira pode despertar o interesse de futuros acadêmicos. “É importante porque podemos gerar interesse nos alunos que estão buscando uma graduação e, ao mesmo tempo, mostrar para a sociedade o resultado das nossas pesquisas e como isso pode trazer benefícios para a vida deles. Saber que estamos contribuindo para que os resíduos entrem em uma cadeia circular é motivo de bastante orgulho para nós”, finalizou Carina Triques.