Unioeste: Docentes conquistam bolsas de produtividade do CNPq e reforçam o protagonismo na ciência nacional
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) se destaca mais uma vez no cenário acadêmico nacional com a conquista de 27 bolsas de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para seus docentes. O reconhecimento consolida a Unioeste como uma universidade comprometida com a excelência na pesquisa e na inovação, e destaca a contribuição dos seus docentes para o avanço da ciência no país.
A Chamada CNPq nº 18/2024 - Bolsas de Produtividade, cujo resultado foi recentemente divulgado, contou com a submissão de 10.520 projetos, dos quais 57,6% foram aprovados, destacando a competitividade e a qualidade das propostas submetidas no Brasil. Ao todo, 603 Instituições de Ensino Superior (IES) e Órgãos de Pesquisa foram contemplados com bolsistas de produtividade a partir de 2025.
A Unioeste ocupa a 49ª posição no país em número de bolsas aprovadas, figurando entre as seis IES mais contempladas no Paraná, e alcançando a 3ª posição entre as universidades estaduais do estado. Este feito é um marco importante para a Universidade, que segue avançando na construção de uma produção científica de alta relevância e impacto.
Na instituição, os 27 docentes bolsistas estão distribuídos entre os campi: Cascavel, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo, em áreas do conhecimento que abrangem desde as Ciências Exatas e Agrárias até as Ciências Humanas, Tecnológicas e Sociais. A pluralidade das áreas contempladas reflete a diversidade e a qualidade da produção científica desenvolvida na Universidade.
No campus de Toledo, a professora Dra. Yonissa Marmitt Wadi, do curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado e Doutorado), comemora a conquista. “Acredito que ser bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq é um reconhecimento de excelência científica e mérito acadêmico, que valoriza a trajetória de uma pesquisadora, ao mesmo tempo que considera sua produção intelectual relevante. Com a ampliação das bolsas, pesquisadores de instituições de diversas partes do país e não só dos grandes centros foram contemplados, o que serviu como uma alavanca na consolidação da pesquisa em instituições como a Unioeste. Esse incentivo pode contribuir para a formação de novos pesquisadores e para o avanço do conhecimento científico brasileiro. No meu caso, foi fundamental para ampliar e fortalecer as minhas áreas de pesquisa que são a História das Ciências e a História Cultural, e a especialidade da História da Loucura e da Psiquiatria, atraindo, por exemplo, estudantes de pós-graduação”, menciona.
A professora Dra. Caroline Panis, do curso de Medicina do campus de Francisco Beltrão, enfatiza a importância e o impacto de ser bolsista produtividade. “Eu acho extremamente importante porque isso coloca não só a nossa Instituição numa posição de destaque, fomentando para os professores a possibilidade de participar de eventos, de fazer visita técnica, troca de experiências com outros grupos. É bem interessante, participo todo ano de algum congresso mundial, referência na minha área, utilizando esse recurso da bolsa de produtividade”, pontua.
O professor Dr. Carlos Eduardo Borba, do curso de Engenharia Química e no programa de Pós-Graduação em Engenharia Química no campus de Toledo, enfatiza o impacto do fomento nas áreas das ciências exatas. “Ser bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq contribui para a consolidação da Unioeste como uma instituição de excelência em ensino e pesquisa. A concessão da bolsa representa o reconhecimento nacional da relevância e qualidade da atuação científica, valorizando a produção qualificada, a liderança em projetos e a formação de recursos humanos. Além disso, auxilia na captação de recursos e fortalece a inserção do pesquisador em redes de pesquisa”, menciona o docente que tem como foco a pesquisa de transformação do biogás em biometano e na conversão do biogás em hidrogênio.
No campus de Cascavel, o professor Reginaldo Santos, do curso de Engenharia Agrícola, comenta o sentimento da conquista. “É muito bom a gente poder contribuir com a ciência. Hoje eu tenho cerca de 20 orientados, todos eles produzindo ciência e isso nos dá a possibilidade de mantermos a nossa bolsa de produtividade. Eu sou bolsista CNPq há mais de 30 anos, fui bolsista desde quando iniciei à docência. Então é um privilégio muito grande participar, sou grato ao governo federal por ter esse programa que valoriza não só aqueles que estão iniciando, mas valoriza nós que estamos na ativa, contribuindo com a ciência”, afirma.
Já no campus de Marechal Cândido Rondon, o professor Dr. Ericson Hideki Hayakawa,do curso de Licenciatura em Geografia, ressalta a importância da bolsa para o desenvolvimento da pesquisa. “Esta é a segunda vez que consigo atingir os critérios quantitativos e qualitativos para a contemplação da bolsa produtividade em pesquisa do CNPq. É sempre motivo de orgulho e responsabilidade. A proposta aprovada investiga como as práticas agrícolas, como o revolvimento do solo e a rotação de culturas, impactam o estoque de carbono orgânico no solo, um elemento-chave para a saúde do solo e do ambiente como um todo. Utilizamos o Google Earth Engine, uma plataforma de sensoriamento remoto em nuvem, para fazer esse monitoramento de forma multitemporal, com foco em áreas do oeste do estado do Paraná”. O docente também ressalta que: “conquistas como essa não são resultado de um esforço isolado. Nenhuma pesquisa se faz sozinho. O apoio institucional, a infraestrutura disponível, as ações das pró-reitorias, a dedicação dos acadêmicos, as parcerias com outros pesquisadores e tantos outros elementos que integram o ambiente acadêmico também compõem resultados como esse”, relata.
“Essa conquista reafirma o compromisso da Unioeste com a excelência acadêmica, o desenvolvimento científico e o impacto social. A Universidade segue empenhada em fortalecer suas atividades de pesquisa, buscando sempre contribuir de forma significativa para o avanço do conhecimento e para a formação de profissionais altamente capacitados, alinhados às demandas da sociedade e do mercado de trabalho”, menciona o diretor de Pós-Graduação da Unioeste, professor Dr. Jerry Adriani Johann.
Os demais docentes da Unioeste com propostas aprovadas pelo CNPq foram: Geysler Rogis Flor Bertolini; Fabíola Villa; Maria Lúcia Bonfleur; Sabrina Grassiolli; Norma Catarina Bueno; Márcia Regina Fagundes Klen; Regina Coeli Machado e Silva; Irene Carniatto de Oliveira; Divair Christ; Eduardo Godoy de Souza; Miguel Angel Uribe Opazo; Samuel Nelson Melegari de Souza; Silvia Renata Machado Coelho; Tiago Emanuel Klüber; Eduardo Borges de Melo; Rafael Andrade Menolli; Guilherme Welter Wendt; Julio Cesar Paisani; Luciano Zanetti Pessôa Candiotto; Marcos Aurelio Saquet; Neucir Szinwelski e Cinthia Eyng.
Texto: Alexsander Marques